Pernambuco fica com 25% dos novos investimentos
Tribuna da bahia
Dentre os estados nordestinos, Pernambuco está em franca ascensão, concentrando, segundo o Banco do Nordeste, um quarto dos novos investimentos na região. Com investimentos de grandes grupos, como Petrobras, Sadia e Perdigão, o estado também trabalha para desenvolver outros setores, como o têxtil, por meio de pequenos projetos. Segundo a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco, o estado trabalha para fazer o “casamento” entre os investimentos de grande porte que está atraindo e os programas de geração de renda do governo. A idéia é que os projetos atuem como fornecedores das companhias que se instalam no estado. O objetivo é, por exemplo, que o pólo têxtil popular que se formou no agreste pernambucano – e enfrenta a concorrência chinesa com roupas produzidas a R$ 1 (ou menos) – expanda sua atuação, fornecendo uniformes e roupas de trabalho para os grandes empreendimentos do estado. Os programas de ajuda social do governo federal, como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), aumentaram nos últimos anos em 6 milhões o número de pessoas na classe C da região Nordeste, segundo o Banco do Nordeste, instituição de fomento ao desenvolvimento regional. São consideradas integrantes da classe C famílias com renda entre R$ 700 e R$ 1,2 mil. Segundo pesquisa divulgada no mês passado pela financeira Cetelem, em 2007 a C passou a ser classe de consumo com maior número de brasileiros.
Comércio varejista baiano cresce pouco
O comércio baiano cresceu 7,6% em fevereiro deste ano – metade da taxa registrada no mesmo período do ano passado quando registrou 14,6%. Num comparativo com janeiro de 2008, a retração foi de 3,9%. Os dados foram divulgados ontem na Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento. Os dados ainda mencionam que, o varejo baiano segundo a pesquisa inicia 2008 com as vendas aquecidas, acumulando 8,9% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa ficou abaixo da observada no mesmo período de 2007, que foi de 12,2%. De acordo com Maria de Lourdes Caires, analista da SEI, “As expectativas para os próximos meses são de que o comércio varejista do estado mantenha desempenho favorável. Embora, provavelmente, num ritmo mais lento, pois a comparação será com uma base bastante elevada, do ano de 2007”, explica. Sete dos oito ramos que compõe o indicador contribuíram positivamente para o crescimento nas vendas em fevereiro: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (30,5%), Móveis e eletrodomésticos (29,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (21,3%), Combustíveis e lubrificantes (17,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,6%), Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (10,2%) e Tecidos, vestuário e calçados (6,3%). Apenas o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou variação negativa (-6%) no mês, ao passo que no subgrupo de Hipermercados e supermercados a taxa foi de -5,2%. “Dentre outros fatores, tal desempenho pode ser atribuído à elevada base comparativa. Vale ressaltar que fevereiro de 2004 foi o último mês em que o segmento apresentou variação negativa (-1,7%) e, em julho de 2007, as vendas ficaram praticamente estabilizadas (-0,1%). Desde então a pesquisa vinha apurando, mensalmente, taxas positivas nos negócios desses estabelecimentos. Como se trata do ramo de maior representatividade no contexto varejista, os seus resultados refletem, sobremaneira, no desempenho do setor”, diz a economista. Nos ramos que não integram o indicador do varejo: Veículos, motocicletas, partes e peças, as vendas expandiram 31% e, em Material de construção, observou-se aumento de 18,8%. Segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia, Sindilojas Bahia, Paulo Motta, o crediário continuou ativo nos meses de janeiro e fevereiro em razão das liquidações promovidas pelas lojas de bens duráveis, materiais de construção, eletrodomésticos e os Shoppings. “Os lojistas buscaram o consumidor mesmo sacrificando as margens de lucro. O crediário também teve participação neste aquecimento através da elasticidade do prazo”, revela.(Por Alessandra Nascimento)
quarta-feira, 16 de abril de 2008
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