Assessor parlamentar é morto durante assalto no Imbuí
Camila Vieira Tribuna da Bahia

Abordada por dois homens armados, a vítima teria tentado acelerar o veículo e recebeu um tiro no pescoço
Camila Vieira
O assessor parlamentar Antônio Carlos dos Santos, 36 anos, foi morto, ontem à noite, defronte ao Condomínio Rio das Pedras, no Imbuí. Ele dirigia um Honda Civic cinza, de placa JPC-1900, quando foi abordado por dois assaltantes. De acordo com amigos que estavam no veículo, o motorista teria acelerado na tentativa de escapar dos bandidos, mas recebeu um disparo contra o pescoço e morreu na hora. Os assaltantes fugiram do local a pé. No momento do crime, as barracas do Imbuí estavam lotadas de torcedores que assistiam ao Ba-Vi e testemunharam o crime.
Um dos amigos da vítima, o professor Ricardo Ribeiro da Cruz, 35, que estava no banco de trás, contou que os bandidos tentaram roubar o carro da frente, mas o condutor conseguiu acelerar e escapar dos assaltantes. “Partiram para cima de nós e Antônio tentou fazer o mesmo, mas não deu certo”, afirmou. Desesperado, ele lamentava a tragédia. “Meu Deus, meu amigo nunca fez nada a ninguém. Não tinha que morrer assim”, desabafou. Antônio era casado e pai de três filhos. A telefonista e recepcionista Viviane Alvares, 32, estava no banco da frente do Honda. Seu filho, de 11 anos, vinha no banco traseiro juntamente com o professor. Segundo Viviane, a ação foi muito rápida. “Lembro dos dois homens se aproximando do carro e apontando a arma. Logo depois, ouvi meu amigo gritando. Quando percebi, ele estava desacordado e o carro descontrolado. Só tive a reação de puxar o freio de mão”, disse. Ela contou que depois de passar a tarde na praia, na Barraca de Juvenal, em Itapuã, eles teriam saído rumo às barracas do Imbuí, onde pretendiam assistir ao Ba-Vi.
Assaltos - Somente este mês, 11 carros foram tomados de assalto no bairro do Imbuí, segundo a presidente da Associação de Moradores do Rio das Pedras, Cristina Vassalo. Ela afirma que a marginalidade tem tomado conta da região. “Os bandidos sabem que a clientela das barracas é de classe média, então eles vêm assaltar aqui. A situação está cada vez pior. É assalto, roubo e prostituição. Temos um problema grave”, considerou.
Peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) estiveram no local e recolheram os objetos da vítima que foram encaminhados à perícia. A delegada plantonista da 9ª Delegacia de Polícia (Boca do Rio), Sandra Batista, também esteve no local. Segundo ela, a polícia irá trabalhar várias possibilidades, mas as principais são latrocínio (roubo seguido de morte) e crime de mando.