segunda-feira, 28 de abril de 2008

Vitória muda história das finais
Tribuna da Bahia


O Vitória manteve vivo o seu sonho da conquista do bicampeonato baiano em 2008, com o triunfo de 3 a 0 sobre o Bahia, no clássico de ontem à tarde no estádio Alberto Oliveira, em Feira de Santana. Com este resultado, o time do técnico Vágner Mancini assumiu a liderança do quadrangular final, agora com sete pontos ganhos, ao lado do tradicional rival, com o mesmo saldo de gols, mas beneficiado nos critérios de desempate, pelo maior número de gols marcados, e agora depende apenas de si mesmo na luta pelo título estadual deste ano. Foi um Ba-Vi no interior do Estado, como nos velhos tempos da capital. Disputado, catimbado, viril, e emocionante. O Bahia entrou no estádio Alberto Oliveira como favorito, diante de um Vitória jogando por tudo ou nada, vencer ou sair da luta pelo título. Apoiado pela sua torcida, em maior numero nas arquibancadas, o time do técnico Paulo Comelli foi pra cima, ditando o ritmo do clássico, e teve a grande chance do jogo nos primeiros minutos, na cabeçada de Cristiano, aos 13 minutos, numa grande defesa do goleiro França, colocando a escanteio. Mas aos poucos o Vitória foi se ajustando no jogo, e desta vez, determinado, com raça, foi se impondo no jogo. Acertou uma bola na trave do goleiro Darci, com Leonardo, esteve perto do gol com Anderson Martins, de cabeça, e Ramon, de falta, até que aos 36 minutos o meia Marcone acertou Rodrigão e foi expulso do Ba-Vi. Com um jogador a mais em campo, no Inal do primeiro tempo, já nos acréscimos, aos 46 minutos o Vitória abriu o placar: Marquinhos lançou Ramon Menezes, que pela esquerda, tocou rasteiro, de primeira, para vencer o goleiro Darci, fazendo 1 a 0 no placar do estádio Alberto Oliveira. O técnico Paulo Comelli mudou o Bahia para o segundo tempo, com a entrada de Emerson Cris no lugar de Ananias, reforçando a marcação do meio-campo. Mas o Vitória soube suportar a pressão, obrigando o treinador a fazer uma segunda alteração, trocando Didi por Pantico. Mas foi uma tarde de pouca inspiração. O Vitória, comandado pelo futebol de Ramon Menezes, soube administrar o jogo e praticamente devolveu a derrota do Barradão, ao vencer o clássico pela diferença de três gols. Aos 24 minutos fez 2 a 0, através de Marquinhos, e fechar o placar aos 43 minutos, num golaço de Ricardinho, que tinha acabado de entrar no lugar de Marquinhos, fazendo a festa da torcida rubro-negra nas arquibancadas do estádio Alberto Oliveira, em Feira de Santana.
Líderes estão iguais em quase tudo nas finais
Depois da disputa de quatro rodadas, e faltando apenas duas para o término do quadrangular decisivo do Campeonato Baiano, é impossível se fazer uma previsão sobre o provável campeão baiano de 2008. Até mesmo o Itabuna, que até a semana passada tinha perdido seus três jogos, com o triunfo de 3 a 2 sobre o Vitória da Conquista, entrou no páreo pelo título. Se o time do técnico Ferreira conseguir vencer os jogos contra o Bahia, no interior, e o Vitória, no Barradão, e for favorecido por tropeços da dupla Ba-Vi, contra o Conquista, consegue o tão sonhado título. Vitória e Bahia estão iguais em quase tudo no quadrangular final do Campeonato Baiano. Ambos têm sete pontos ganhos, com dois triunfos e um empate, e o saldo positivo de um gol. Mas nos critérios de desempate, o Vitória leva vantagem no maior número de gols marcados, 10, contra seis do Bahia. O Vitória pega o Vitória da Conquista, quinta-feira, no estádio Lomanto Júnior, e o Itabuna, domingo, dia quatro, no Barradão, em Salvador. O Bahia pega o Itabuna no estádio Luis Viana Filho, em Itabuna, e o Vitória da Conquista, na última rodada, no estádio Armando Oliveira, em Camaçari. Além da obrigação de vencer suas duas últimas partidas, o saldo de gols deve definir o campeão baiano de 2008, se o título ficar entre a dupla Ba-Vi. Mas o torcedor baiano não pode esquecer que o 3º colocado, o Vitória da Conquista, tem cinco pontos ganhos e pode chegar aos 11, desde que vença justamente seus jogos contra Bahia e Vitória, até sonhar com a conquista de um título inédito. Não é fácil para qualquer árbitro dirigir clássicos, principalmente precedidos de muita rivalidade e importância como foi o Ba-Vi de ontem à tarde em Feira de Santana, que mudou a história das finais do Campeonato Baiano. E mesmo diante de muita catimba, e jogo violento, que motivou a utilização de 11 cartões, sete amarelos e quatro vermelhos, incluindo a expulsão do técnico do Bahia, Paulo Comelli, Manoel Lopo Garrido fez uma boa arbitragem. Com menos de um minuto, 45 segundos de bola rolando, o primeiro tumulto no Ba-Vi na falta de Rodrigão, e o cartão amarelo para o jogador do Vitória. Com três minutos, Garrido acertou na anulação do gol de Rogério, e aos quatro minutos, depois da bola na trave de Leonardo, uma blitz na defesa do Bahia e o pedido de gol para uma bola que não entrou. Pura pressão em apenas quatro minutos de um clássico onde o árbitro José Lopo Garrido acertou mais do que errou. Acertou na expulsão de Marcone, no primeiro tempo, de Ricardinho e Fausto, no final do segundo tempo, e errou ao expulsar o lateral-direito Daniel, por achar que ele já tinha uma advertência do cartão amarelo. Mas consertou o erro ao consultar o auxiliar e manter o jogador do Bahia na partida.

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