domingo, 20 de abril de 2008

Pré-candidatos aceleram discussões em Salvador
Tribuna da bahia

Caso a lei eleitoral fosse seguida à risca, muitos fatos sobre a sucessão municipal de Salvador não teriam acontecido. A verdade é que as campanhas eleitorais já estão nas ruas da cidade, mesmo contra a vontade de alguns pré-candidatos. O ex-prefeito Antônio Imbassahy, por exemplo, queixa-se de que tudo começou cedo demais. “O processo de discussão foi antecipado. Começou muito cedo. Acho que devido às demandas da cidade”, reclama. Diante dessa realidade, os principais pré-candidatos à prefeitura de Salvador intensificaram os contatos a partir de março passado e mais ainda a partir deste mês de abril. O pré-candidato do Democratas, por exemplo, deputado federal ACM Neto, prometeu anunciar a sua decisão de ser ou não candidato logo após o carnaval, o que acabou acontecendo no último dia 27 de março. Neto trouxe à Bahia toda a cúpula nacional do seu partido e, num evento com a UPB lotada, assumiu a sua pré-candidatura à prefeitura de Salvador. O democrata ampliou as críticas ao prefeito João Henrique, passou a visitar mais os bairros da cidade e tem feito um discurso mirando o Palácio Thomé de Souza. “Precisamos devolver a dignidade de Salvador e colocá-la em condições de falar com o mundo”, disse. Diante desta realidade, Neto tem aproveitado o seu tempo também na costura de alianças. Após ser lançado em dia de festa para o seu partido, agora ele prepara uma nova manifestação política para o próximo dia 24, quando estará completando dez anos da morte do deputado Luis Eduardo Magalhães, seu tio. Enquanto isso, ele tenta atrair o PR para o seu palanque, já que sonha com o apoio do senador César Borges e do deputado Maurício Trindade. O ex-prefeito Antônio Imbassahy (PSDB) é outro pré-candidato que tem se movimentado o que pode. Além de visitar cidades como Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo “para conhecer outros modelos administrativos e aprimorar nossos conhecimentos”, o tucano também tem agido em Salvador. No último final de semana, por exemplo, ele participou do Congresso estadual sobre “Gestão Pública Eficiente” organizado pelo seu partido e foi uma das suas estrelas, ao lado de José Serra, governador de São Paulo. “Imbassahy é o melhor político e o melhor nome para governar Salvador”, disse Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB. Nos últimos dias, Imbassahy também assistiu de camarote à troca de farpas entre o PT e o PMDB no episódio sobre a saída dos petistas da administração municipal. Antes disso, o tucano foi considerado tanto pelo governador Jaques Wagner quanto pelo presidente Lula como um pré-candidato da base aliada dos dois governos. Mesmo que não queiram, petistas e peemedebistas vão ter que admitir a candidatura de Imbassahy como uma das alternativas de Wagner, principalmente se ele não conseguir ter outro nome alinhado no segundo turno. Amigo do governador, o deputado Marcelo Nilo, presidente da Assembléia Legislativa, funciona como o principal ponta-de-lança desta articulação. (Por Evandro Matos)

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