sexta-feira, 18 de abril de 2008

Mais três jovens executados no subúrbio

Por Silvana Blesa

Crime com característica de extermínio deixou moradores do bairro da Ilha Amarela apavorados. Em um local de acesso difícil, localizado na Rua do Cobre, no subúrbio ferroviário, três jovens não identificados foram executados com tiros a queima roupa na cabeça. O crime aconteceu durante a madrugada de ontem e atraiu curiosos que saíram de suas casas para ver os corpos jogados próximo a um matagal. A lei do silêncio imperava, as pessoas olhavam, chegavam bem perto dos corpos, mas diziam não conhecer as vítimas. Apenas um idoso revelou que um dos jovens era morador do bairro de Plataforma e envolvido com drogas. Com idade entre 18 e 20 anos, negros, estatura mediana, não portavam documentos. Dois deles estavam descalços e possuíam tatuagem nos braços. Um dos rapazes usava um crucifixo de cor azul, trajava short estampado e camiseta branca. Enquanto um outro, trajava camiseta azul e short branco. Já o terceiro vestia camiseta preta e bermuda azul, e apresentava tiros na testa. Por ser de acesso difícil, o local é preferido pelos marginas, onde vários outros crimes já aconteceram. . O delegado titular da 5ª Delegacia de Periperi, Deraldo Damasceno esteve no local do crime e revelou que os moradores da região afirmaram que os jovens residiam no subúrbio, eram usuários e revendiam drogas no bairro. “As hipóteses para as execuções, indicam que os jovens foram assassinados em decorrência de ajuste de contas entre marginais ligados ao tráfico de drogas”, disse o delegado. Deraldo ainda ressaltou que não acredita que o crime tenha sido praticado por integrantes de “grupos de extermínio”. “Nós estamos intensamente atuando para combater o índice de assassinatos praticados por estes grupos. Desde o começo do ano, não acontece assassinatos com perfil de extermínio aqui na área. Acredito que esta chacina seja por envolvimento com drogas, mas só posso ter certeza depois que começarmos as investigações juntamente com a participação de familiares”, revelou. A cena do crime atraiu uma multidão que acompanhou todo o trabalho da perícia e só deixou o local, depois que as vítimas foram levadas pelo rabecão para o Instituto Médico legal Nina Rodrigues, onde aguarda reconhecimento por parte de familiares. O delegado espera que os parentes compareçam na unidade para começar a investigar a chacina.

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