Desperdício de água pode custar até R$ 1.488,00 ao cidadão de São PauloMulta será cobrada de quem for pego lavando calçadas, ruas e veículos com mangueira e máquinas de pressão
SÃO PAULO - O Projeto de Lei nº 1086/2003 do deputado Luís Carlos Gondim (PPS) pretende coibir o uso não racionalizado de água potável no estado de São Paulo. De acordo com o projeto, todo aquele que for pego lavando calçadas, ruas, veículos, regando jardins e gramados utilizando mangueira e/ou máquinas de pressão a jato será notificado e, na reincidência, multado.
O valor da multa varia entre R$ 372,00 e R$ 1.488,00. A fiscalização, segundo Gondim, deve ser feita pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) ou pela própria Sabesp.
O projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador José Serra. Na assembléia, recebeu voto favorável da maioria das bancadas, entretanto, Barros Munhoz (PSDB), líder do governo, não votou com a maioria, o que indica que o projeto possa ser vetado.
Bairros nobres desperdiçam mais
Estudo do ISA (Instituto Socioambiental) revela que bairros como Morumbi, Jardins, Higienópolis, Pacaembu e Perdizes são os campeões de desperdício. Contudo, um dos maiores responsáveis pelo gasto indevido de água na capital paulista é a própria Sabesp.
Em maio de 2007, por conta de vazamentos, ligações clandestinas e fraudes, cerca de 34% da água produzida e tratada pela companhia, foi perdida antes de chegar ao consumidor. Diariamente, esse desperdício pode chegar a 1,6 bilhão de litros, o suficiente para abastecer por 19 dias uma cidade de 395 mil habitantes. Hoje, a Sabesp informa que são perdidos 29% da produção.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
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