Cesta terá lojas credenciadas e atacadistas
Abertura de lojas atacadistas e credenciadas deve proporcionar expansão e melhoria nos serviços oferecidos pela rede de supermercados Cesta do Povo. A intenção foi apresentada ontem durante entrevista coletiva concedida pelo presidente da administradora da rede - Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), Reub Celestino. Na oportunidade, foram também apresentados os resultados obtidos durante o primeiro ano da nova gestão da empresa. As principais comemorações foram a redução em 84% do percentual de prejuízo e de 4% no preço das mercadorias. Além disso, as despesas operacionais tiveram redução em 31% e o capital de giro um aumento de R$ 8 milhões. “Nos três últimos anos, antes da nossa gestão, houve um gasto de R$ 78 milhões de capital de giro. Quer dizer, a empresa não tinha fôlego, pois tudo era gasto. Hoje, a gente conseguiu aumentar o capital de giro em R$ 8 milhões e temos R$ 74 milhões, dos R$ 86 milhões emprestados pelo governo, em caixa para investimento”, afirmou. O dinheiro, conforme Celestino, está sendo utilizado para ampliação de lojas e número de fornecedores e ainda pagamento de dívidas trabalhistas. A reformulação de toda a gestão da rede Cesta do Povo passou também pela redução do número de funcionários, de cerca 4.200 para aproximados 2.400. “E ainda pretendemos diminuir mais, pois sabemos que dá para reduzir mais. Hoje trabalhamos com ritmo de produção próximo ao do setor privado. Um problema ainda para nós é o número de funcionários afastados, em gozo de benefícios na Previdência Social: eram mais de 500, hoje são cerca de 400, porém estamos ainda solicitando do INSS revisão dos benefícios”, disse.
Nova rede vai ajudar os comerciantes
Celestino explicou ainda que a rede de atacados deve servir como caminhos para que os pequenos comerciantes não sejam prejudicados com a ampliação da rede Cesta do Povo. “Desse modo, estaremos dando aos pequenos comerciantes a condição de trabalhar com preços iguais ou, até mesmo, inferiores aos nossos. O ideal é criar uma competição justa entre a nossa rede e os pequenos empresários”. Os cinco centros de distribuição hoje integrantes da rede e ainda algumas das maiores lojas deverão ser transformados em mercados atacadistas. O credenciamento, esclareceu Celestino, deverá funcionar como uma rede de franquias. “O que vamos fazer é credenciar pequenos empresários interessados em utilizar a nossa marca e nosso modelo de atendimento, adotando os nossos preços”. O credenciamento dos interessados, garantiu o presidente da Ebal, será de forma rigorosa. “Os credenciados terão de obedecer as nossas especificações e ter o perfil compatível com uma série de itens que serão ainda listados. Do mesmo modo, o descredenciamento ocorrerá com rigor, àqueles que não obedecerem o padrão de funcionamento da nossa rede”, completou. Até dezembro deste ano o teste do modelo de credenciamento será colocado em prática, com a abertura de 10 entre 30 lojas credenciadas. “Desse modo nós deixamos de pagar aluguel, não gastamos com pessoal e chegamos aonde queremos chegar. Além de cumprir com o nosso papel que é o de atender a população”. A mudança do modelo de gestão, nascido há 28 anos com propósito de vender 30% mais barato e servir como base de preços para as empresas privadas, foi necessária pela expansão do número de supermercados, o que possibilita preços cada vez mais equilibrados. “Estamos trabalhando agora para fornecer cestas básicas de qualidade e mais baratas. A nossa cesta com 12 itens está por R$18, mas queremos criar o cestão, muito vendido em municípios menores, a um preço 30% inferior. Serão mais de 30 produtos vendidos entre R$85 e R$95, o preço normal adotado é de R$130 a R$140”, contou. Os cestões já estão em fase de confecção.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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