Aumenta para 22 o número de afogados
Por Roberta Cerqueira
O verão acabou, mas o calor permanece e as pessoas com poucas opções de lazer vão em busca de praias, lagoas, rios, represas, barragens ou qualquer outro meio para se refrescarem. Com pouco, ou nenhum conhecimento sobre o meio aquático acabam se envolvendo em acidentes que podem levar até a morte. Este ano, 22 pessoas morreram afogadas, 70% delas em água doce (rios ou lagos). “Nesta época do ano as pessoas vão menos as praias, buscam alternativas mais próximas de suas casas, como lagoas, sem saberem que estas são mais perigosas”, diz o capitão Ramon Diego, comandante do Núcleo de Mergulho do Corpo de Bombeiro, ressaltando a maior densidade da água doce. “A tendência é afundar mais rápido que no mar”. A falsa impressão de um ambiente mais tranqüilo, de água parada, esconde outros intempéries da natureza. “A água mais fria provoca hipotermia ou choque térmico (no caso da exposição ao sol e posterior mergulho) e paralisa a pessoa que acaba morrendo afogada”. Especializado em buscas e resgates, o núcleo registrou no ano 2007, 80 vítimas fatais, sendo 44 em mar, 12 em rios, nove em lagoas e o restante em diques, tanques, córregos e piscinas. De acordo com o capitão, este ano, o número de ocorrências em águas confinadas sofreu um aumento de cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. As principais razões dos acidentes são “uso indevido de bebidas alcoólicas, má ingestão de alimentos e falta de ambientação com o meio” pontua capitão Ramon. Na última semana, o grupamento chegou ao recorde de seis corpos resgatados, em uma semana. “É importante procurar locais sinalizados, se informar quais os mais apropriados para banho, evitar uso de bebida, não nadar próximo de arrebentações, piers ou valas e no caso de água doce, ter cuidado com os relevos, temperatura e também não fazer longas travessias”, destaca o capitão. A unidade possui 12 mergulhadores, além desta equipe o Corpo de Bombeiros possui o Grupamento Marítimo (G-mar), com um contingente de 100 homens, que realizam o trabalho de prevenção e resgate na linha da água. Nas praias de Jardim de Alá, Boca do Rio, Corsário, Jaguaribe, Piatã, Itapuã, Aleluia, além das ilhas de Maré e de Paramana são de competência da Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar). Correio da Bahia
segunda-feira, 21 de abril de 2008
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