Arma usada por menor é herança do crime
Por Maria Célia Vieira
A arma utilizada por E.S.C., 13 anos, acusado de ter matado o estudante Ruan Sérgio da Silva Ferreira, 16 anos, pode ter pertencido a seu pai, Elimar de Jesus Figueiredo, que segundo a delegada Claudenice Cerqueira, da Delegacia do Menor Infrator, DAI, era envolvido com o crime. Ruan foi morto na última segunda-feira, na saída do Colégio Adventista de Itapagipe. O pai do menor acusado já morreu, mas a delegada não tem certeza se foi em confronto com a polícia. As investigações prosseguem na DAÍ e um levantamento sobre os familiares do menino está sendo realizado. A única certeza até agora é que o menino tinha tudo premeditado. Na manhã do crime deixou a arma escondida na casa de um colega, ouvido ontem na Delegacia do Menor Infrator. No dia do assassinato o jovem esqueceu o celular em casa, localizada nas proximidades da escola, e, voltava para pegá-lo quando foi abordado por E.S.C., que insistiu em acompanhá-lo. Na residência do colega, aproveitou um descuido do menino, que tinha subido ao segundo andar e escondeu a arma atrás da escada. De acordo com a delegada, somente na escola ele informou ao colega sobre o revólver escondido. “Falou do plano de matar Ruan e ameaçou fazer o mesmo com o jovem caso fosse denunciado.” A delegada apurou ainda que durante toda a manhã de segunda-feira, na escola , tanto E.S.C. quanto o colega estiveram agitados. Os professores perceberam mas não imaginavam o que estava por acontecer, conforme relatou a titular da DAI. Já na saída, o adolescente não quis retornar . Temia que a mãe descobrisse o fato e ele fosse penalizado. Entregou as chaves da casa ao colega que aceitou ir sozinho pegar a arma, como fez e foi visto por um tio do colega que estranhou a movimentação do mesmo na residência. Sobre a informação de que E.S.C. estivesse escondido em um sítio de parentes, no município de Camaçari, a delegada descartou a possibilidade. Já foi investigado e nada foi encontrado, disse ela. Adiantou porém que um delegado - que não se lembrava do nome - se apresentou ontem como representante do adolescente e prometeu apresentá-lo nos próximos dias, assim que tudo estivesse mais calmo, se referindo ao movimento de jornalistas que se formou durante toda a manhã na DAI, nos Galés. Claudenice Cerqueira explicou que o jovem assim que for apresentado será encaminhado ao Ministério Público. O caso será analisado e o MP poderá, ou não, representar pela sua internação. Em seguida o adolescente será encaminhado ao Juiz de Menores. O jovem está foragido desde segunda-feira logo após consumar o crime, por volta de meio-dia. As informações que a polícia detém são as de que E.S.C. teria sido entregue à mãe, Maria Aparecida dos Santos Cruz, em casa, na Rua Direita do Uruguai, pelo empregado do lava jato existente nas imediações do colégio, Rodrigo Silva Brito, e desaparecido. Eles pegaram um táxi e sumiram, conforme contou o trabalhador aos policiais da 3ª DP, no Bonfim.
Polícia monta retrato falado
Após ouvir o gerente do restaurante Bargaço de Fortaleza, Luzivan Farias,que estava em companhia de Leonel Evaristo da Rocha, no momento em que foi assassinado na última quarta-feira, em Brasília, o delegado Bartolomeu Araújo, já tem dados suficientes para montar o retrato falado do assassino. O gerente, que continua na capital federal, a disposição da polícia, descreveu os homens que atacaram o empresário baiano. Três pessoas foram ouvidas na 11ª DP, onde o inquérito está sendo montado . A perícia continua trabalhando para elaborar os laudos .De acordo com o delegado, todas as linhas de investigações estão sendo analisadas. O carro onde viajava o comerciante assassinado foi periciado e todas as impressões digitais e material colhidos. O gerente Luzivan disse que o carro em que viajavam foi interceptado na BR-040, próximo ao Núcleo dos Bandeirantes, e todos detalhes de suas declarações estão sendo investigados. Nenhuma declaração sobre as investigações foram feitas na 11ª DP. O delegado se ateve a ouvir testemunhas e elaborar o inquérito, que aguarda dados da Polícia Científica de Brasília. Leonel Rocha, 63 anos, foi morto com tiros que acertaram o rosto do comerciante, que se encontrava m Brasília para receber um prêmio.
sábado, 19 de abril de 2008
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