LAURO DE FREITAS/BA – Em apenas 0,8% dos domicílios de Lauro de Freitas foram encontrados possíveis focos do mosquito Aedes Aegypt. Este número coloca a cidade como menor Índice de Infestação Predial (IIP) da Região Metropolitana de Salvador, e destaca o bom exemplo de ações integradas para garantir uma cidade livre da dengue.
Além dos seis ciclos de visitas às casas e estabelecimentos comerciais, feitos pelos 110 agentes de combate a dengue que atuam no município, a Secretaria de Saúde de Lauro de Freitas conta com o reforço da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp). Uma das formas de ação conjunta é a coleta especial de pneus e cocos verdes. Segundo Ilana Cairo, assessora técnica da Sesp, toda semana são recolhidos cerca de 100 pneus em trinta diferentes borracharias da cidade. "Também recolhemos os cocos dos principais pontos de venda e de toda a orla. Estes cocos e pneus, descartados de forma inadequada, se transformam em focos de reprodução do mosquito".
Desde 2005, cerca de 70 pontos de lixo, em todas as localidades do município, foram extintos, dando lugar aos pontos verdes. Esta ação da secretaria também contribui para que antigos "berçários" do Aedes Aegypt sejam eliminados. "Além da eliminação do ponto de lixo, buscamos orientar toda a vizinhança para os riscos da má contenção dos resíduos", explica Ilana.
A assessora também garante que a regularização da coleta domiciliar contribui para afastar a doença da cidade, assim como a limpeza das margens de rios e córregos. "Em alguns trechos de margens existem resíduos lançados pelas comunidades ribeirinhas, que podem se transformar num reservatório".
Terrenos abandonados – Um dos maiores problemas encontrados pelas equipes de combate à dengue são os terrenos particulares abandonados, que por conta do mato e lixo acumulados, se tornam ambientes favoráveis para ratos e também para o mosquito da dengue. Segundo Paulino Gonçalves, diretor de Fiscalização da Sesp, só no ano passado foram emitidas 153 notificações especiais aos proprietários de terrenos abandonados. Destas, 123 foram atendidas e os donos limparam e cercaram seus terrenos.
Além dos proprietários, a Secretaria de Saúde também é avisada sobre o terreno. Quando o proprietário não é identificado, a Prefeitura aciona o Ministério Público, que envia equipes para vistoria do terreno. "O importante é não permitirmos que nenhuma área se torne um possível foco de reprodução do mosquito", explica Selma Turrioni, diretora da Vigilância à Saúde.
Mesmo realizando ações conjuntas, o diretor de Combate à Dengue no município, Marcio Montargil destaca o papel primordial da população no combate à dengue, seja mantendo sua residência ou estabelecimento livre de possíveis reservatórios, ou denunciando a existência de focos em terrenos baldios. "Não adianta realizarmos ações nas ruas, nas casas ou nos terrenos se a população não seguir a orientação dos agentes".
Para informar a Prefeitura de Lauro de Freitas sobre reservatórios do mosquito, a população deve entrar em contato com a Central de Zoonoses, através do telefone (71) 3288-8912. Para os casos de terreno abandonado a Secretaria de Serviços Públicos recebe denúncias pelo telefone
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