sábado, 10 de maio de 2008

Sistema de cotas para negros é criticada em debate

G1
A política de cotas para negros voltou a ser criticada neste sábado (10). Reunidos em São Paulo, militantes do Movimento Negro Socialista fizeram um manifesto contra o Estatuto da Igualdade Racial, que está em debate na Câmara dos Deputados, em Brasília. Veja o site do Jornal Nacional Ao todo, 104 pessoas de estados brasileiros debateram o estatuto. O projeto que determina a contratação de negros por empresas que prestam serviços para órgãos públicos está em discussão no Congresso nacional. Do encontro na capital paulista, saiu um documento que será entregue a deputados e senadores. Na carta, os integrantes do Movimento Negro Socialista explica porque são contra a criação de novas cotas para os chamados afro-brasileiros. “Nós queremos viver em uma sociedade em que as pessoas se respeitem, onde as pessoas possam crescer e onde não exista essa distinção motivada por cor da pele, pelo conceito de raça, pelo conceito religioso”, afirmou o sindicalista Roque Ferreira. Atualmente, 22 universidades federais têm cotas para negros. Para conseguir uma vaga em uma destas instituições de ensino, um candidato considerado negro precisa de menos pontos no vestibular que um candidato branco. Há, no entanto, quem defenda o sistema de cotas. “As cotas são na realidade um mecanismo que permite de fato que esta população que não tem acesso consiga atingir este patamar, que é o ingresso nas instituições de nível superior”, argumentou o frei Valnei Brunetto, diretor da Educafro.

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