sexta-feira, 30 de maio de 2008

Suspeito confessou ter matado francês em 2004

A ossada do corpo do francês Sebastien Pierre Brun, 31 anos, natural de Grenoble/FR, desaparecido desde 2004, foi encontrada anteontem nas dunas da praia de Saubara em Santo Amaro. A Polícia Federal juntamente com a Interpol baiana e com ajuda do chefe de polícia da cidade de Lyon, Marc Jiraud e a juíza de instrução, Maire Lourie da França conseguiram prender na cidade de Santo Amaro interior da Bahia, Messias Soares da Silva, 36 anos, acusado de participação no assassinato de Sebastien. Enquanto que os agentes franceses também conseguiram prender na França, a brasileira Denize Soares da Silva, 39, natural de Santo Amaro, esposa da vítima e irmã de Messias, ela é a principal suspeita pelo homicídio. Conforme o superintendente da PF, Elbío Afonso Dias Leite, Messias confessou a participação na ocultação do cadáver e levou os agentes até o local onde a ossada da vítima foi encontrada. Segundo o acusado, sua irmã Denize tinha chamado ele para dizer que o francês Sebastien estava desacordado dentro da mala do carro e pediu para ele ajudar a esconder o corpo. Mas Messias ainda revelou no depoimento que a vítima se encontrava com o corpo frio, já com rigidez cadavérica, evidenciando que ele estava morto há algumas horas. Ele disse que não acreditou na irmã, mas a ajudou e confessou não saber o motivo da morte. O superintendente contou que ainda não teve acesso ao depoimento de Denize que foi ouvida na França. A causa da morte e a identificação do cadáver, somente depois dos exames da perícia no Instituto Médico Legal. Conforme a Juíza Maire, desde 2004 que a família da vítima procurou a justiça francesa para questionar o desaparecimento de Sebastien, que tinha vindo passar férias na cidade de Santo Amaro onde a família de Denize reside. Depois do passeio do casal, juntamente com o filho de cinco anos, Sebastien não mais retornou ao país. Na época do desaparecimento, Denise retornou para a França com o filho do casal e informou à família do marido que ele havia gostado muito do país e pretendia montar um negócio no interior. Mas, Bernard Christian Brun e Marie Théresse Crétier Brun, pais da vítima começaram estranhar a ausência do filho que não telefonava para a família. Em maio de 2005 os familiares da vítima procuraram a polícia. Em 2006, Denize chegou a ser detida no país pelo desaparecimento do esposo, mas por falta de provas foi solta em 2007. E anteontem após comprovação do crime, ela foi novamente presa. Sebastien Brun era o responsável pelo comércio da família, uma floricultura situada em Grenoble/França, onde também trabalhava Denize Soares como garçonete de um restaurante. O superintendente não soube dizer se a acusada cumprirá pena no Brasil.

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