quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ripo Capivara esta sendo degradado


Redação Portal

Há cinco anos atrás, com a chegada do ambientalista paraguaio Oscar Baccino, o povo já estava agitado com um prejeto da cidade de Camaçari, para despejar o esgoto da cidade, tratado entre aspas, dentro do rio Capivara. Um rio pequeno, com pouco mais de quarenta quilômetros, deixando o acumulo de água insuficiente para receber o esgotamento de uma cidade. Os administradores naquele momento estavam levando a proposta adiante. De acordo o ambientalista já estavam até com um empréstimo do Banco Mundial já em caixa, para realização das obras. Porém três anos depois, o povo de Camaçari conseguiu barrar a proposta da prefeitura, que não chegou a iniciar as obras. A preocupação da comunidade gerou uma grande mobilização que por três vezes pararam o trânsito na estrada do côco, formando um engarrafamento extenso para chamar a atenção dos governantes. O rio é formado por varias nascentes que fluem na sua direção, próximo a sede de Camaçari, sendo o único com saliência, que nasce e acaba dentro do município. Oscar disse que o problema principal do rio Capivara não esta no esgoto, até porque dentre todos os rios de Camaçari ele é o único vivo, e que tem peixes considerados nobres, que só sobrevivem em águas limpas, como o Tucunaré, que é um peixe exótico mais que se adaptou ao Capivara, como também o robalo e o tambaqui. O desmatamento é um maiores problemas, pois traz a agressão contra a mata ciliar, acontecendo em vários pontos das margens do Capivara, inclusive em uma área próximo do Machadinho na beira da cascalheira, na comunidade de Capivara, onde os moradores sobrevivem da pesca, e os proprietários de terras estão agredindo a natureza, desmatando os terrenos para fazer asseroamento. O afluente de Buris de Abrantes, que vem do bairro do mesmo nome, localizado dentro das dunas, recebe esgoto doméstico e não esta sendo sentido no capivara, porque o afluente passa por uma área de mais de dois quilômetros, que tem muitas plantas aquáticas, com maior proporção dos água pés, com características de absorverem a sujeira da água. O ambientalista disse ainda que a Empresa Millenium, localizada na Estrada do Côco joga resíduo industrial no rio, “despeja uma grande quantidade de material particulado no ar através das chaminés, no vale do capivara, que a predominância dos ventos fica naquela direção, esse material se acumula na superfície e quando chove vai todo para o rio, além de contaminar o subsolo”, disse. “Ela absorve muita água do rio, ela suga o rio, eles utilizam á água diminuindo a vazão ” completou Oscar. O ambientalista disse ainda que uma tonelada dos produtos que eles produzem precisa-se de mais de cem mil litros de água”. “ É uma fabrica de dióxido de titânio muito mal localizada” salientou o ambientalista. A entidade SOS Rio Capivara esta participando do novo plano diretor da Cidade de Camaçari, onde propõem a criação do Parque Ecológico Capivara. O prefeito teve uma atitude positiva vetando as emendas mais prejudiciais porque a maioria delas são de alterações do zoneamento, um espaço determinado para um tipo de atividade, ou para ser protegido, e eles estavam modificando para ser alterado para atividade industrial e comercial, além de construções e ocupações. O ambientalista disse que o primeiro passo para as soluções do problema seria a informação, dos meios de comunicação para a comunidade, escolas, e instituições, fazendo com que os futuros adultos tenham responsabilidade sobre as questões ambientais “o sistema de informação do Brasil é tecnologicamente fantástico, porém o conteúdo é triste, você só protege quando conhece”, disse. Oscar disse ainda que é preciso resgatar a identidade do povo, para que se aprenda que esse rio foi dos nossos antepassados, que os ossos dos antepassados estão enterrados nessas dunas, e os bichos e plantas fazem parte da comunidade. Ele acredita que quando um povo tem identidade e auto estima defende a terra, a capa e espada, podendo vir qualquer maquina que terá força para enfrentar. Oscar Baccino pede que as pessoas se aproximem da terra e das plantas para conseguirem enxergar as simplicidades da vegetação e fauna nativa.

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