Bruno Wendel
Detentos serraram grades do pátio principal e escaparam pelo teto da unidade situada em Tancredo Neves
Após quebrarem o cadeado de duas celas, 18 presos fugiram, no final da tarde de ontem, da 11ª Delegacia (Tancredo Neves). Eles serraram as grades superiores do pátio da carceragem e alcançaram o teto, de onde deixaram o prédio descendo pela tubulação. Ao perceberem a evasão em massa, agentes de plantão atiraram para o alto impedindo que os demais custodiados também escapassem. Com capacidade para 40 detentos, a unidade abrigava 81.
Entre os fugitivos, estão homicidas, traficantes e assaltantes, que pularam o muro da 11ª DP e em seguida correram numa área residencial. Em dezembro do ano passado, 30 reclusos deixaram o xadrez da delegacia depois de estourarem cadeados e abrirem um buraco das paredes da dependência.
A fuga aconteceu por volta das 17h30 e os quatro policiais de plantão registravam ocorrências, quando foram alertados da fuga pela Central Única de Telecomunicações da Polícia (Centel), segundo a delegada plantonista Marli Margareth de Oliveira. Moradores da região viram quando alguns presos pularam o muro e informaram à Centel. Ao chegaram no xadrez, o agentes flagraram dois reclusos no pátio da carceragem, além das duas celas abertas. A presença dos policiais causou alvoroço na carceragem, que só foi minimizado quando os agentes atiraram para o alto.
Policiais militares das Rondas Especiais e Batalhão de Choque, além de agentes do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc), foram acionados para reforçar a revista dos presos da unidade. Equipes do Grupamento Aéreo da PMr (Graer) sobrevoaram os arredores da delegacia, no intuito de localizar os fugitivos, mas até a noite de ontem nenhum deles tinha sido capturados. A contagem dos detententos só foi realizada quase três horas depois da fuga, quando um dos policiais providenciou uma lanterna, pois a instalação elétrica da carceragem está com defeito.
Histórico - Em 16 de dezembro do ano passado, 30 presos escaparam da 11ª DP. Devido ao problema de superlotação, 13 deles estavam alojados improvisadamente na ante-sala da carceragem e conseguiram estourar cadeados de pelo menos oito celas. Logo depois, usaram uma tampa de bueiro retirada do pátio destinado aos banhos de sol e abriram um buraco numa das paredes, que dá acesso ao quintal de uma casa vizinha.
Os primeiros a fugirem foram vistos por moradores por volta das 22h. Quando os policiais foram até a carceragem, os 30 presos já tinham fugido. Os outros 64 não escaparam porque não quiseram. Nove policiais estavam de plantão, dois deles lotados na custódia, mas alegaram que não escutaram quando a parede era quebrada nem os cadeados sendo estourados, porque os presos usaram toalhas e lençóis para abafar o barulho.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
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